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Protegido: Orientação para Intervenção da AS/USP – Poliomielite Aguda

  • Transmissão: Pessoa a pessoa (fecal-oral); contacto direto (secreções faríngeas de pessoas infetadas); via aérea (gotículas).
  • Período de incubação: Poliomielite sem paralisia: 3 a 6 dias. Poliomielite com paralisia: geralmente 3 a 35 dias (normalmente 7 a 21 dias até início paralisia).
  • Período de transmissibilidade:  Imediatamente antes do início dos sintomas e durante período de excreção do vírus (2 semanas nas secreções faríngeas; 3 a 6 semanas nas fezes). Pode ser mais prolongado nos doentes imunocomprometidos.

Intervenção da AS e Serviços de Saúde Pública perante um caso de poliomielite1

IntervençãoDefiniçãoTempoMétodo
Interrupção de transmissão pelo doenteIsolamento para via de transmissão por contacto.Até ao desaparecimento do vírus nas fezes.Precauções básicas de isolamento: quarto individual ou coorte (exclusão social).
Evicção Escolar e LaboralSão afastados temporariamente da frequência escolar e demais atividades desenvolvidas nos estabelecimentos de educação e de ensino os:
a)  discentes, pessoal docente e não docente quando atingidos por poliomielite;
b) discentes, pessoal docente e não docente nas situações em que coabitem ou tenham contatos com indivíduos atingidos por poliomielite.
Indivíduos atingidos pela doença: o afastamento da frequência escolar deve manter-se até ao desaparecimento do vírus nas fezes, comprovado através de análises;
Indivíduos que coabitem ou tenham contactos com indivíduos atingidos pela doença: afastamento da frequência escolar deve manter-se até à comprovação da ausência de vírus nas fezes não corretamente vacinados.
Dar cumprimento à legislação em vigor referente à evicção escolar (Decreto Regulamentar n.º 3/95 de 27 de Janeiro).
Identificação de ContactosContacto próximo com o caso durante os períodos de incubação ou de contágio:
pessoas que possam ter sido expostas a fezes ou secreções orais ou nasais do doente (coabitantes, amigos íntimos, colegas e educadores em creches e infantários, profissionais de saúde, colegas de internamento hospitalar ou outros).
Logo que possível.Entrevista ao caso ou responsável legal do caso (se aplicável). Registar os contactos identificados no formulário da plataforma informática de suporte ao SINAVE.
Assegurar a realização de exames complementares de diagnóstico nos contactosSe o caso tiver amostras de fezes inadequadas (amostras não realizadas; colhidas mais de 14 dias após o início da paralisia (ou da suspeita clínica de poliomielite, sem paralisia); com mais de 72 horas de demora no transporte até ao laboratório de referência; que chegaram em mau estado ao laboratório de referência).
Assegurar que as amostras do caso e dos contactos são enviadas para o Laboratório do INSA.
Logo que possível.Investigar laboratorialmente no INSA um máximo de 5 contactos próximos <5 anos de idade, até 35 dias após o último contacto com o doente, priorizando os que possuírem fatores de risco (preencher a tabela “Identificação de contactos”, anexa ao formulário do inquérito epidemiológico, no SINAVE, e enviar cópia com as amostras ao INSA).
Vacinação Pós-ExposiçãoContactos.Logo que possível.Verificação do estado vacinal de todos os contactos próximos e a vacinação dos que não estiverem corretamente vacinados, de acordo com o quadro seguinte, mesmo que o caso tenha sido excluído entretanto.
Imunoglobulina Pós-ExposiçãoNão aplicável. Não aplicável. Não aplicável.
QuimioprofilaxiaNão aplicável.Não aplicável.Não aplicável.
Vigilância ClínicaContatos.Poliomielite sem paralisia: até 6 dias após o último contacto com o caso;
Poliomielite com paralisia: até 35 dias após o último contacto com o caso.
Autovigilância.
Os contactos devem ser informados sobre a doença e aconselhados a avaliação médica se iniciarem sinais ou sintomas sugestivos de poliomielite.
1 Ações de resposta no nível de alerta 1 (Caso provável – PFA em pessoa <15 anos idade com critérios epidemiológicos para a poliomielite OU suspeita clínica de poliomielite em qualquer idade com critérios epidemiológicos para a poliomielite.). Perante níveis de alerta 2, 3, 4 e 5 consultar: DGS. Norma nº 017/2014 de 27/11/2014. Programa Nacional de Erradicação da Poliomielite – Plano de Ação Pós-Eliminação. Lisboa: Direção-Geral da Saúde; 2014.

PNV: Vacinação recomendada contra a poliomielite (VIP) se houver risco de exposição1

IdadeEstado vacinalNúmero total de doses de VIP recomendadasIntervalo mínimo entre as doses
≥6 semanas e <7 anosNão vacinado ou incompletamente vacinadoFazer ou completar o esquema de 4 ou 5 doses24 semanas
(6 meses entre a penúltima e a última)
≥7 anos e <18 anosNão vacinado ou incompletamente vacinadoFazer ou completar o esquema de 3 doses34 semanas
(6 meses entre a penúltima e a última)
≥18 anos<3 dosesFazer ou completar o esquema de 3 doses
 Esquema recomendado: 0, 1, 7-13 meses
Esquema acelerado: 0, 1, 2 meses4
4 semanas
(6 meses entre a penúltima e a última)
≥18 anosCom esquema vacinal completo para a idade1 dose (reforço único, válido para toda a vida)≥10 anos depois da dose anterior
1 Vacinar apenas as pessoas que não possuam o número de doses recomendado neste quadro
2 Esquema mínimo de 4 doses. A última dose deve ser ≥4 anos de idade
3 Esquema mínimo de 3 doses. A última dose deve ser ≥4 anos de idade. Se tiver um esquema misto com VAP e VIP são necessárias 4 doses
4 Se a exposição ao risco se mantiver, deve fazer um reforço 6 a 12 meses depois da 3ª dose, para completar o esquema
Bibliografia
  • Aylward RB. Poliomyelitis. In: Heymann DL. Control of Communicable Diseases – Manual. 20.ed. Washington, DC: APHA; 2015. P. 477-484.
  • DGS. Norma n.º 017/2014 de 27/11/2014. Programa Nacional de Erradicação da Poliomielite – Plano de Ação Pós-Eliminação. Lisboa: Direção-Geral da Saúde; 2014.
  • DGS. Norma n.º 018/2020, de 27/09/2020. Programa Nacional de Vacinação 2020. Lisboa: Direção-Geral da Saúde; 2020.
  • Ministério da Saúde. Decreto Regulamentar n.º 3/95 de 27 de Janeiro. Doenças transmissíveis, evicção escolar e períodos de afastamento. Lisboa; 1995.
  • Sutter RW, Kew OM, Cochi SL, Aylward RB. Poliovirus Vaccine-Live. In: Plotkin’s Vaccines – 7th edition. Elsevier; 2018. P. 866-917.
  • WHO. Vaccine-Preventable Diseases Surveillance Standards: Poliomyelitis. World Health Organization, 2018.

Data da última atualização da página: 30/10/2023

Autoria: Área Funcional de Vigilância Epidemiológica, Departamento de Saúde Pública

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