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Protegido: Orientação para Intervenção da AS/USP – Doença Meningocócica

  • Transmissão: Contacto direto ou transmissão pessoa a pessoa (através de gotículas e secreções nasofaríngeas).
  • Período de incubação: 1 a 10 dias (normalmente 3-4 dias).
  • Período de transmissibilidade: Até que o meningococo desapareça da rinofaringe. Até 24 horas após início de terapêutica eficaz.
IntervençãoDefiniçãoTempoMétodo
Interrupção de transmissão pelo doentea) Isolamento para via de transmissão por gotículas.

b) Administração de antibioterapia ao doente.
a) Durante 24h após início de tratamento adequado.

b) Após término de tratamento, antes da alta hospitalar.
a) Precauções básicas de isolamento: quarto individual ou coorte (exclusão social).

b) Garantir realização de teste de sensibilidade a antimicrobianos (TSA). Ceftriaxone.
Evicção Escolar e LaboralSão afastados temporariamente da frequência escolar e demais atividades desenvolvidas nos estabelecimentos de educação e de ensino os:
a)  discentes, pessoal docente e não docente quando atingidos por infeções meningocócicas (meningite ou sepsis);
discentes, pessoal docente e não docente nas situações em que coabitem ou tenham contatos com indivíduos atingidos por infeções meningocócicas (meningite ou sepsis).
Indivíduos atingidos pela doença: afastamento da frequência escolar até à cura clínica;
Indivíduos que coabitem ou tenham contactos com indivíduos atingidos pela doença: afastamento da frequência escolar deve manter-se até à apresentação de declaração médica comprovativa do início da quimioprofilaxia adequada.
Dar cumprimento à legislação em vigor referente à evicção escolar (Decreto Regulamentar n.º 3/95 de 27 de Janeiro).
Identificação de ContactosContactos próximos:
a) conviventes no domicílio do doente, pessoas que tenham partilhado o mesmo quarto, assim como quaisquer pessoas expostas às suas secreções orais, nomeadamente através dos beijos, partilha de escovas de dentes ou utensílios de mesa;
b) adultos e crianças que, mesmo não tendo qualquer relação de proximidade com o doente, tenham frequentado as mesmas creches, amas ou jardins de infância;
c) indivíduos que tenham tido contacto estreito e frequente com o doente, em escolas do ensino básico e secundário. Em geral, não se consideram contatos próximos os colegas cuja única relação com o doente é o facto de frequentarem a mesma sala;
d) profissionais de saúde que tenham manipulado vias aéreas ou estiveram expostos a secreções respiratórias do doente1.
Logo que possível identificar os contactos elegíveis, com contacto nos 10 dias precedentes à hospitalização do caso.Entrevista ao caso ou responsável legal do caso (se aplicável).
Registar os contactos identificados no formulário da plataforma informática de suporte ao SINAVE.
Vacinação Pós-ExposiçãoContactos próximos.Logo que possível.Dar cumprimento ao Programa Nacional de Vacinação, completando esquemas terapêuticos em atraso.
A avaliação da necessidade de vacinação dependerá do serogrupo envolvido e das características do surto (se aplicável), sendo sempre da competência exclusiva das Autoridades de Saúde.
Imunoglobulina Pós-ExposiçãoNão aplicável. Não aplicável. Não aplicável.
QuimioprofilaxiaContactos próximos.

Especificidades: Nas escolas do ensino básico e secundário, considerar as seguintes hipóteses: 
a) se o caso for único, recomenda-se só a profilaxia dos contactos próximos. No entanto, e como anteriormente foi referido, perante situações de risco especial, a Autoridade de Saúde pode considerar a extensão das medidas profiláticas a toda a turma;
b) se, no prazo de um mês, aparecerem dois ou mais casos numa sala/turma, recomenda-se a profilaxia de todos os colegas de turma;
c) se, no prazo de um mês, aparecerem dois casos na mesma escola, mas em turmas diferentes, recomenda-se a profilaxia de todos os alunos das duas turmas;
d) se, no prazo de um mês, aparecerem três ou mais casos, em pelo menos duas turmas diferentes, a Autoridade de Saúde decidirá, de acordo com as características do surto, a quem se recomenda a profilaxia (além dos colegas de turma dos doentes).
Preferencialmente, nas primeiras 24 horas que se seguem à hospitalização do caso.Rifampicina.
Ajustar antibioterapia após resultado do perfil de suscetibilidade do agente do caso.
Ver esquema terapêutico do Quadro seguinte2.
Vigilância ClínicaContactos próximos.Nos 10 dias que se seguem à hospitalização do caso.Detetar sinais precoces de doença, compatíveis ou suspeitos de meningite meningocócica. Os contatos que apresentarem febre devem submeter-se, rapidamente, a uma avaliação médica.
1 Em qualquer caso, e perante situações de risco especial, a definição de contato próximo pode ampliar-se, de acordo com a avaliação específica feita pela Autoridade de Saúde, a partir das características da população afetada.
2 Quimioprofilaxia após o 14º dia de aparecimento do caso índice é de valor limitado ou nulo.

Esquema terapêutico de quimioprofilaxia na doença meningocócica.

Rifampicina. Contraindicações absolutas: casos de hipersensibilidade ao fármaco, antecedentes de hepatopatia grave, porfiria e alcoolismo. Contraindicações relativas: gravidez (avaliar em cada caso, os benefícios e os riscos). Precauções: interações com o uso de anticoagulantes, anticoncetivos orais e uso de lentes de contacto. Doentes e familiares devem ser alertados para o facto de que a rifampicina provoca coloração avermelhada da urina.

IdadeDoseEsquema Terapêutico
<1 mês5 mg/ Kg de peso12/12 horas, durante dois dias (via oral)
≥1 mês10 mg/ Kg de peso, até ao máximo de 600 mg por dose12/12 horas, durante dois dias (via oral)
Adultos600 mg12/12 horas, durante dois dias (via oral)1
1 Fármaco de eleição.

Ceftriaxone.

IdadeDoseEsquema Terapêutico
<12 anos125 mg1 só dose
(via intramuscular)
≥12 anos250 mg1 só dose
(via intramuscular)2
2 Fármaco de eleição na gravidez.

Ciprofloxacina. Contraindicações relativas: grávidas, lactantes e menores de 18 anos.

IdadeDoseEsquema Terapêutico
≥18 anos500 mg1 só dose (via oral)3
3 Fármaco útil na quimioprofilaxia em massa, devido ao risco de aparecimento de resistência à Rifampicina.
Bibliografia

Data da última atualização da página: 06/11/2023

Autoria: Área Funcional de Vigilância Epidemiológica, Departamento de Saúde Pública

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